O branco inventou que o negro Quando não suja na entrada Vai sujar na saída, ê Imagina só Vai sujar na saída, ê Imagina só Que mentira danada, ê Iô, iô, iô Iê, iê, iê Iô, iô, iô Na verdade, a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê Imagina só O que o branco sujava, ê Imagina só O que o negro penava, ê Iô, iô, iô Mesmo depois de abolida a escravidão Negra é a mão de quem faz a limpeza Lavando a roupa encardida, esfregando o chão Negra é a mão, é a mão da pureza Negra é a vida consumida ao pé do fogão Negra é a mão nos preparando a mesa Limpando as manchas do mundo com água e sabão Negra é a mão de imaculada nobreza Na verdade, a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê Imagina só O que o branco sujava, ê Imagina só Eta, branco sujão Iê, iê, iê Iô, iô, iô O branco inventou que o negro Quando não suja na entrada Vai sujar na saída, ê Imagina só Vai sujar na saída, ê Imagina só Que mentira danada, ê Que mentira danada, ê O branco inventou que o negro Quando não suja na entrada Vai sujar na saída, ê Que mentira danada, ê Na verdade, a mão escrava Passava a vida limpando O que o branco sujava, ê O que o branco sujava, ê