(R. Seixas - P. Coelho, 1976) Vou voltar Sei que não chegou a hora de ir embora É melhor ficar Sei que tem gente cantando Tem gente esperando a hora de chegar Chego com as águas turvas Eu fiz tantas curvas pra poder cantar Esse meu canto que não presta Que tanta gente detesta Mas isto é tudo que me resta Nesta festa, nesta festa Vou ferver Como que um vulcão em chamas Como a tua cama que me faz tremer Vou tremer Como um chão de terremotos Como o amor remoto que eu não sei viver Vou viver Vou poder contar meus filhos Caminhar nos trilhos, isto é pra valer Pois se uma estrela há de brilhar Outra então tem que se apagar Quero estar vivo pra ver O sol nascer, o sol nascer, o sol nascer Vou subir Pelo elevador dos fundos Que carrega mundos sem querer sentir Vou sentir Que a minha dor no peito Que escondi direito agora vai surgir Vou surgir Numa tempestade doida Pra varrer as ruas em que vou seguir Em que vou seguir, em que vou seguir André Velloso - Rio de Janeiro, Brazil alv@domain.com.br - alvnet@altavista.net